Sua moda
- Dryele Silva
- 15 de jun. de 2018
- 2 min de leitura

Ela usava tênis lilás de corações vermelhos. O cadarço direito era verde e o esquerdo rosa. Ambos fluorescentes. Calça jeans meio larga, a camisa feia, e mais larga ainda, de "cor morta" - como ela costumava chamar a cor cinza -, mas não tinha o que fazer. Naquela época, ainda respeitavam a lei de irem uniformizados para escola. E assim ela ia para escola durante o 6° e o 7° ano. Ela também amava usar seus arquinhos de flor com cada pétala de uma cor. Meias, de diversas estampas, até os joelhos (a listrada colorida era sua preferida), saia estilo "colegial" acompanhada dos tênis da Sandy e nos cabelos às vezes ela usava Marias Chiquinha. Amava ser o centro das atenções.
Foto? Era com ela!
Provavelmente as pessoas a julgavam e zombavam dela. Pelas suas costas, claro. Para quê coragem de falar na frente, não é mesmo? E mesmo que falassem... tenho certeza que ela não mudaria seu jeito de se vestir. Mas ela não tem tantas lembranças disso porque nunca deu valor às opiniões alheias sobre sua vida ou seu estilo. Provavelmente já até sofreu bullying por gostar de alguma banda/artista, por ser muito inteligente ou por amar muito seus professores. Mas como foi dito acima, "ela nunca deu valor às opiniões alheias", então a própria menina ignorava o que poderia ser “bullying”. Ela era um arsenal de cores e de sentimentos bons. E mesmo que não estivesse na moda que a sociedade a influenciava seguir naquela época, para ela, aquilo não importava. A vida não é um desfile de modas, a não ser que a próxima moda seja ser feliz! E de preferência, feliz para sempre.
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